Sou uma pessoa que busca constantemente o aprendizado e o crescimento pessoal. Nos últimos tempos, tenho me aprofundado em um tema que, confesso, transformou completamente a forma como vejo o mundo: autorresponsabilidade. É um exercício contínuo, desafiador, mas libertador. Vou contar uma história que me ensinou ainda mais sobre isso.
Normalmente, levo 30 minutos de casa até o terminal de onde saem os ônibus de viagem. Hoje, sabendo que chovia e que o trânsito poderia estar mais intenso, decidi sair uma hora antes. Fiz as contas, me planejei. Mas, mesmo assim, cheguei exatamente no momento em que o motorista fechava a porta. Pedi, ele não abriu. Se eu fiquei chateada? Muito! Porém, ele estava errado? Não.
A verdade é que, se eu tivesse saído 15 minutos mais cedo, teria evitado toda a situação. No entanto, nossa primeira reação costuma ser culpar algo ou alguém: o motorista por ser inflexível, meu marido por dirigir devagar, o trânsito pela lentidão. É fácil se vitimizar. O difícil é olhar no espelho e reconhecer: “A responsabilidade foi minha, e posso fazer diferente da próxima vez.”
Essa mudança de perspectiva é o que chamo de exercício diário da autorresponsabilidade. Não é simples nem automático. Não acontece de forma mágica. Mas, quando colocamos em prática, ela muda tudo.
Naquele momento, liguei para meu marido, frustrada. Ele deu a volta, estacionou, foi se encontrar comigo, me abraçou, me consolou e disse: "Talvez Deus tenha te livrado de algo ao perder esse ônibus. Está tudo bem." E ele estava certo. Comecei a refletir sobre o quanto tinha a agradecer:
- Meu marido estava ali para me apoiar.
- Eu estava viajando a trabalho, com tudo pago.
- Eu tenho saúde, roupas adequadas para o frio, e um PROPÓSITO.
São essas pequenas coisas, muitas vezes ignoradas, que nos mostram que, mesmo em situações aparentemente negativas, existe espaço para a gratidão.
A lição aqui é clara: eu poderia ter apontado culpados. Mas, em vez disso, escolhi olhar para dentro e pensar: “Como posso agir diferente da próxima vez?” Essa escolha não é sobre perfeição, mas sobre assumir as rédeas da minha vida e colher os frutos da intencionalidade das minhas ações.
Seja grato. Assuma suas ações. E veja como isso impacta não apenas os resultados, mas a forma como você se sente ao longo do caminho.
“Não existem erros, apenas resultados”.
Essa é uma crença profundamente enraizada na mentalidade das pessoas de sucesso. Para quem é autorresponsável e realizado, as adversidades e situações difíceis da vida não são vistas como falhas ou fracassos, mas sim como consequências naturais de ações passadas. Esse entendimento permite transformar cada experiência, por mais desafiadora que seja, em aprendizado. E com esse aprendizado, vem a certeza: para obter resultados diferentes, é preciso agir de forma diferente na próxima oportunidade.
Compartilha comigo, já está nessa jornada? Já está muito a frente? Como foi ultrapassar tudo isso? Como foi esse exercício?
Por Ediane Pereira.