As Lições de José do Egito: Teste do Orgulho
"Antes de José chegar ao trono do Egito, ele precisou passar por um processo de quebrantamento. Sua jornada é, ainda hoje, uma escola para líderes que desejam cumprir o propósito de Deus em suas vidas."
A vida de José do Egito é uma das narrativas mais poderosas da Bíblia — e não apenas pela reviravolta espetacular que o tirou de um poço e o colocou no palácio, mas pelo que ela nos ensina sobre caráter, propósito e liderança. Inspirado no livro “Do Sonho ao Destino” de Philip Morris, este estudo mergulha nos desafios que moldaram esse grande líder, trazendo lições práticas para qualquer pessoa que deseje viver o propósito de Deus.
Por que estudar José?
José foi o filho preferido de Jacó, mimado e protegido, e desde jovem carregava sonhos grandiosos dados por Deus. Porém, ao contar esses sonhos, atraiu o ódio dos próprios irmãos, que o jogaram num poço e o venderam como escravo. Aos 17 anos, ele recebeu um sonho e somente aos 30 concretizou este sonho. Nesse intervalo de 13 anos, José passou por provas que refinaram seu caráter e prepararam a sua liderança.
Assim como ele, todos nós passaremos por testes que nos moldarão para o destino que Deus preparou para cada um de nós.
O Primeiro Teste: O Orgulho
“A boca fala do que está cheio o coração.”
(Tiago 3:2 / Lucas 6:45)
José recebeu um sonho, mas não soube como lidar com ele. Ele contou aos irmãos mesmo sabendo que eles já o odiavam. Era “o dedo-duro” da família, e sua maneira de falar deixava evidente que havia orgulho em seu coração. Ele se via como alguém melhor, mais especial.
Quantas vezes não fazemos o mesmo? Julgamos, comparamos, nos gabamos de nossos dons, títulos e conquistas — mas tudo isso pode ser sintoma de algo mais profundo: insegurança.
A raiz do orgulho é a insegurança, e a raiz da insegurança é o medo.
Medo de não sermos aceitos, medo de não sermos suficientes. E, para compensar esse medo, tentamos provar nosso valor para o mundo. Mas Deus não quer que provemos nada — Ele quer que saibamos quem somos nEle. Nossa identidade não está na nossa carreira, no nosso currículo ou nos nossos talentos. Ela está em sermos filhos de Deus.
Jesus e o ataque à identidade
Quando Jesus foi tentado no deserto, o diabo atacou exatamente sua identidade: “Se és Filho de Deus...” (Mateus 4:3). Essa é a mesma estratégia que ele usa contra nós hoje. Por isso, precisamos permanecer enraizados na verdade. E a única forma de fazer isso é cultivando um relacionamento íntimo com Deus. Ele é humilde. E só n’Ele seremos verdadeiramente humildes.
Um testemunho pessoal
Em determinado momento da minha vida, Deus me pediu algo que parecia impossível: minha carreira. Algo que eu sempre valorizei muito, que me definia. Lutei contra esse pedido. Como eu ia me sustentar? O que eu faria?
Mas obedecer foi um caminho de libertação. Aos poucos, fui largando o controle, o orgulho, e me submetendo à vontade dEle. Aprendi que sem Deus, meus talentos e habilidades não são nada. Ele me ensinou quem eu sou: não o que faço, mas filha amada.
O processo e o destino
A jornada até o destino não é rápida nem linear. José passou por anos de injustiça e dor. Ele poderia ter desistido — e muitos desistem. Mas Deus estava com ele em cada etapa. E também está conosco.
Hoje, posso dizer que ainda não cheguei ao meu destino final. Mas vivo com plenitude. Não tenho os mesmos recursos de antes ainda, mas estou vivendo uma vida alinhada com os princípios e valores de Deus. Estou ajustando os 11 pilares da minha vida sistêmica, e isso tem me trazido paz e alegria verdadeiras.
Conclusão
O maior desafio dos líderes é o orgulho. E é também o primeiro teste no caminho do destino. Aqueles que desejam liderar com propósito precisam se permitir ser moldados. Deus está mais interessado no nosso caráter do que no nosso conforto.
Se você tem um sonho, saiba: os sonhos de Deus são maiores que os seus. Mas para chegar lá, será necessário passar por processos.
Não desista. O poço não é o fim. É só o começo da jornada de um grande líder.
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